É preciso definir-se. Não há meio termo: ou se está só, ou se está acompanhado.
E o que é estar acompanhado? O que é estar com alguém?
E a gente vai descobrindo que cada um tem um conceito diferente de solidão, de amor, de amizade. A arrogância nos cega e não nos permite perceber isso. E a descoberta é feita a duras penas. Ainda que tardia, é extremamente necessária. É importante perceber o quanto somos esgoístas.
E que fique assim, bem definido, que a solidão te acompanhará. Por um bom tempo, ao menos, pela vida inteira. Que nem teus filhos te darão a companhia que precisa. Eles, na primeira oportunidade, ganharão o mundo, independente do que tenha feito. Você já teve a oportunidade de não estar sozinha algumas vezes, e jogou fora. É e não é sua culpa. Você podia ter escolhido, podia ter sido mais forte que os seus problemas. E hoje você tem que se ver sozinha, dependendo de um conceito de amor completamente diferente do seu, inverso até, quem sabe. Na verdade, nada se sabe desse amor calado, que às vezes grita que quer ficar pra sempre ao seu lado. Mas que, na maioria das vezes, contenta-se com si próprio. Portanto, que seja assim, bem definido na sua cabeça, para que não tenha mais que se preocupar ou sofrer com isso. Foi a tua escolha, arque com ela.
Contente-se, conforme-se e cale-se. Tente ter um filho ou dois. Ganhe dinheiro, e passe o resto da vida a observar.
É sua a culpa, é dele a culpa, são um monte de culpados se relacionando e se deteriorando. Essa festa de Atlas, na qual você nunca é convidada e nunca sabe do que se trata.
quarta-feira, 28 de abril de 2010
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2 comentários:
ah, se pans. Vida de zé-povinho é que tá mais que certo. A gente que ainda não resolveu nada. Vive confuso.
devir intenso. ritornellos& mamadjambos& saltarellos. todos nós dançamos.
abraços ?
fellini ?
http://blig.ig.com.br/serabenedito/
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